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domingo, 11 de abril de 2010

Quase atropelada!


Ontem fui fazer uma palestra para um grupo de grávidas.
Faço isso a anos. Sou uma das palestrantes.
Ao final de três meses cada uma delas ganha um enxoval para o bebe!

Ao terminar a palestra fui embora a pé.
Estava eu tranquilamente indo pela calçada quando uma mãe (nenhuma do grupo das gravidas, outra qualquer, que por coincidência estava também a pé) vinha empurrando um carrinho com uma criança por volta de um aninho... mais ou menos isso.
Ela virou a esquina e nos encontramos frente a frente.
Mas ao mesmo tempo ela viu um homem conhecido parado no sinaleiro. Ele estava de moto. Por acaso também o conhecia.
Ela falou para a criança, ou melhor, ela gritou lá de trás do carrinho ao vento: Olha o tio Tárcis!!!!! e desandou a gritar: Tárcis! Tárcis! e abanar a mão como se ele pudesse salva-la do 'meio do oceano'. Até aí, tudo bem! Sem problemas.

O problema mesmo foi que enquanto ela gritava para uma pessoa que estava a mais de 30 metros dela, ela continuava a empurrar o carrinho com a criança dentro. Ela de costas para o carrinho, eu de frente para o carrinho. Ela empurrando o carrinho e o carrinho em cima de mim.
Eu dava uns passos para trás, mas mesmo assim ela me prendia no muro do prédio.
A criança me olhava fixo.
Para não assustar aquela criança eu falava baixinho na intenção dela me escutar: oioioioioi.....
Quando me dei conta, parecia uma lagartixa espremida na parede, presa pelas rodas do carrinho de bebe e com o mesmo me olhando fixo e sem entender nada, me perguntando: O que você faz aí?!
A moça acenava sem parar com um dos braços para cima e outro atrelado no carrinho.
Carrinho desgovernado.
Olhei para o Tárcis. Ele longe de nós, do outro lado da Avenida. Sim, era um cruzamento da avenida central!
Do outro lado da Avenida, sobre a moto, ele estava estático. Não se movia. Seus olhos olhavam para nós mas nem ele entendia aquele atropelamento!

Quando consegui que ela prestasse atenção em mim, ela se virou e disse: Ah... desculpe... E pensou: Me distraiu... O Tárcis não me viu!!!
Com certeza ele a viu. Só não sei se quis vê-la.
Me livrei das rodas do carrinho e segui em frente na minha caminhada a pé!
Atravessei a avenida e segui em frente, sem nem saber o que se deu depois.
Já era o bastante para uma esquina só!