Powered By Blogger

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O TEMPO

O tempo é fugaz...
Se esvazia nas minhas mãos...
Meu avô nasceu no fim do século...
Meu sobrinho nasceu no fim do século...

Quero voltar para trás.
Quero resgatar o que ficou escondido e perdido...
Quero trazer para casa a minha cesta perdida do fio que se soltou da minha rede...resgate!

Cadê minha vida? Onde ela foi?
Do feixe de fios que me forma esse ficou para trás...
Onde foi que eu o esqueci?
Alinhavo, alinhavo... corro sem parar... tudo passa, tudo vai...
A estrada, a moto, o carro, o onibus que leva e que trás. A onde?
Para onde vai? Para onde vou? Será que sei? Será que você sabe?

Leva para a teia. Que teia? Onde? Onde?
Onde Cara Pálida?
Pra minha tribo?
Não. Você não conhece esse lugar.
Você sabe dançar no ar? Você sabe colorir o céu? Você já contou estrelas cadentes sobre sua cabeça? Você já riu de você?
Não. Você não sabe fazer isso.

Vou e volto o quanto quiser por que sou dona do meu feixe de linhas que alinhavam a minha vida.
Posso desmanchar e refazer, posso dar nós e 'desdar' .
Posso crescer e encolher.
Posso rir e chorar, mas continuo inteira.

Vou e volto para onde quiser, por que sei rir.

O tempo não existe e nunca existiu...

Voo nas asas do ar, corro pelas estrelas, me esquento no universo me esfrio nas geleiras...
Por onde passo sinto o cheiro do tempo que me pega de surpresa.
Ele ri de mim e me deixar passar. Não me prendo dentro do tempo e e ele ri de mim.
Ele ri comigo.
O tempo é fugaz.
Danço na praça do tempo.
O tempo é fugaz.