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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Esquisito

Já fui magra e gorda.
Emagreci mas engordei de novo.
Estacionei num peso alto.
Já fui loira, castanha, preto e ruiva.
Cortei o cabelo curto, deixei crescer e cortei de novo, várias vezes...
Por anos foi essa ladainha.
Usei saia curta e média, longa nunca me caiu bem.
Usei calça, bermuda e até short. Compridinho mas short.
Salto alto e salto baixo. Rsteirinha e sandalia.
Furei a orelha e usei brincos.
Fui a manicure toda semana e deixei de ir. Fui de novo.
Cortei a unha curta e deixei mais longa um pouco. Pouco, não gosto de unha muito comprida.
Andei a pé, de carro, de onibus.
Sorri e chorei.
Mas nada, absolutamente nada, resolveu meu problema!
Jamais em toda minha vida fui paquerada ou cantada ou desejada.
Bom, nesse quisito último nem se fale!
A única vez que achei que era desejada, era um golpe... um golpe... fiquei com tres filhos ao pé e mais nada. Absolutamente mais nada!

Agora por ironia do destino, escrevem no muro da minha casa, em letras grandes: BISCATE
E sabe o que aconteceu? Não apaguei. Sabe por que?
Por que quem sabe isso eleva um pouco minha moral no imaginário alheio!
Puxa... ali mora uma biscate... com quem será que ela está saindo?
Se é biscate é por que deve ter saido com o marido de alguém ou com muitos homens... ? ...
Como é discreta, nem vejo ninguém na porta dela!
Biscate sabe fazer as coisas... Ãrhã... Fica esperta com seu marido, veja bem se ele saí mesmo... Será que não está só dando a volta no quarteirão e entrando na casa dela?...

Imagina quanto 'diz que diz' sobre uma palavra, sobre alguém, pode sair.
Mas amanhã vou apagar. Futuramente desejo vender bolsas que confecciono a essas tristes mulheres inseguras.
Imagina que fascinio entrar na toca da loba...

Ai mas tem gente que não tem mesmo o que fazer.
Só não precisava quebrar o vaso!